GUERREIROS DO METAL
Dick Siebert (Korzus)
O Korzus é um dos mais tradicionais e importantes grupos de rock em atividade no Brasil. Tudo começou em 1985 com a participação da coletânea “SP Metal II”. Gravaram duas músicas, e a faixa Guerreiros do Metal tornou-se um hino entre os headbangers. Em 1986 o Korzus lançou o álbum Korzus ao Vivo. Em 1987 aconteceram as primeiras mudanças na formação saem Toperman(g) e Brian(d) e o baterista Zema Paes entra na banda. No mesmo ano, o Korzus lança seu primeiro LP, Sonho Maníaco. Nesta época, as letras seguiam a temática "black metal". No segundo semestre, após uma série de shows pelo Brasil, o baterista Zema comete suicídio.
A partir de 1988 com nova formação, as letras passaram a ser compostas em inglês. Vieram os álbuns Pay For Your Lies de 1989 e Mass Illusion de 1991, foi considerado o melhor trabalho do grupo, resultando na primeira turnê européia do Korzus. Novas mudanças na formação e em 1995, o Korzus grava K.Z.S.. Em agosto de 1996 a banda é convidada a participar do comercial dos biscoitos Bauducco com a música Internally. Em Dezembro do mesmo ano começa a primeira tour pelos EUA. Já com Rodrigo Oliveira na bateria e Heros Trench na guitarra (ao lado dos incansáveis Pompeu, Silvio e Dick) a banda tocou na edição de 1998 do Philips Monsters of Rock. O resultado foi o Live at Monsters of Rock, lançado em 2000.
Atualmente o Korzus se encontra em estúdio gravando Ties of Blood, que segundo o baixista Dick Siebert, é o melhor trabalho da banda. É com Dick que conversamos sobre o passado e sobre as expectativas do novo álbum.
Diz a lenda, que, com apenas três meses de banda o Korzus participou da coletânea SP Metal II. Como foi?
Na verdade ensaiamos uns cinco meses, montamos a banda para tocar num festival no Cereti. Ia ter um monte de bandas da Baratos Afins, isso foi no dia 1° de dezembro de 1984, na época tinha o Centúrias, o Vírus e umas outras bandas que já haviam gravado em vinil. Nós fomos a primeira banda que chegou fazendo um som mais rápido, naquele tempo o pessoal era mais heavy, só o Cérbero tocava uns covers do Metallica e do Anthrax e a gente chegou tocando Guerreiros do Metal e Príncipe da Escuridão no maior gás. Tínhamos apenas cinco músicas e tocávamos Evil do Slayer. Fizemos um puta show, colocamos um pano de fundo no palco, que era quase uma camiseta, soltamos fumaça... Usamos um visual cheio de pregos, pulseira, aquele negócio, e a rapaziada passou mal, pirou. Quanto ao SP Metal II, eu estava no Parque do Carmo, num show de lançamento do SP Metal I, aí o Luiz Calanca da Baratos Afins me chamou e fez o convite. Só tínhamos feito dois shows até então, o segundo foi abrindo para o Harpia, que já era uma banda maior, era como se fosse o Judas para a molecada da época.
A partir do Pay for Your Lies vocês passaram a cantar em inglês, a temática das letras também mudou...
No começo a gente seguia uma linha power, black metal... as letras não eram ligadas a “demôniozinhos”, a gente não falava que o demônio era legal ou idolatrava. Apenas colocávamos a realidade da época através de metáforas, o Pompeu escrevia assim, ele via as merdas e colocava que a merda era o diabo, o anjo do mal,coisas do gênero..... Começamos a cantar em Inglês no Pay for Your Lies, as letras vão mudando com o tempo, de acordo com a composição, a realidade da época, o que você está sentindo naquele momento, mas a temática continua com a essência da revolução, do ódio e da verdade.
Você acha que de alguma maneira as letras desta fase black influenciaram no suicídio do baterista Zema? Ele escrevia também?
Não sei, eu acredito que foi um lance pessoal, a música não teve nada a ver com isso. Ele não escrevia, mas gostava de levar o negócio a sério. Ele achava que o Pompeu era o poeta do momento, mas a banda em geral entendia as letras como metáforas, a gente estava mais preocupado com a música, com a base da guitarra. Para a época a letra era legal e não era pregando “sou do mal”, ninguém dava bola para isso, era uma rapaziada como qualquer outra que ouvia som pesado... O black metal era muito forte, muitas bandas lá fora falavam destes temas e a gente curtia.
Conte como foi a turnê do Mass Illusion na Europa.
Foi legal, rolou uma parada com o empresário Salvatore Cassino ele já tinha levado o Ratos de Porão e quis levar a gente, isso foi em 92, ficamos 60 dias, tocamos em vários squats que são lugares invadidos, rodamos a Europa inteira de furgão, fomos para fazer dez shows e fizemos vinte e um, tocamos até na Sicília. Tocávamos num lugar e se o show era legal a notícia logo se espalhava, porque lá é tudo perto e tem mais espaço, por isso rolou mais shows que o programado. Vendemos mais merchandise que o esperado. Tivemos outra visão do mercado e contato com bandas de outros estilos, como o Agnostic Front, com quem tocamos na Alemanha dois shows, somos amigos até hoje. Tocamos no Marquee Club na Inglaterra,e fizemos uma jam com o Sepultura no dia seguinte.
Vocês já tocaram na Europa, nos EUA e aqui no Brasil. Qual a diferença do público?
Aqui nosso público e bem maior com certeza, aqui o público é quente, rola o negócio do sangue latino, mas de uma maneira geral a atitude do público é igual. Cada canto tem seu estilo, tem o seu detalhe, mas metal é metal, igual em todo lugar do mundo. Quem gosta de som pesado tem uma ligação. Louco é louco em qualquer lugar.
E como foi a experiência de fazer o comercial da Bauducco?
Contactaram a gente através da MTV, que nos indicou, fomos fazer o teste, tinha uns caras fantasiados de metal, comédia... pediram para fazer uma performace de show, só que o som era um “roquezinho” de merda, nem dava... mostramos nosso som, aí as coisas mudaram... ia rolar nossa música no comercial, achamos a proposta interessante, acreditávamos que seria uma forma de empurrar o metal para mídia. Hoje em dia não ligamos para isso, sabemos que o publico de metal não está preocupado com isso. Mas o comercial foi um acontecimento, foi legal e engraçado.
Como foi participar do Monsters of Rock? Como foi feito esse convite?
Rolou um abaixo assinado pedindo Korzus e o Dorsal Atlântica, não sei se isso ajudou, mas já era hora de tocarmos num festival grande, fomos atrás e fizemos contato com a produção do Monsters. Foi legal, o público chegou no solzão do meio dia para ver a gente e o Dorsal e tocamos com o Slayer... tocamos num festival de metal, metal, com Slayer, Saxon, Megadeth ...foi uma honra.
Foi o maior público de vocês?
Nosso maior público foi no impeachment do Collor. Tocamos para umas 100 mil pessoas no Vale do Anhangabaú, mas não era um público metal, eles não foram para ver o Korzus. Convidaram a gente, e um monte de banda, o Golpe de Estado entre outras...foi muito rápida a parada. Ligaram a tarde pra gente, fechamos o show, passou três horas já estávamos indo pro show, tocamos meia dúzia de músicas e tchau. O Monsters foi sim o maior público de metal.
A banda é famosa por sua energia no palco, qual é o estímulo para tocar em lugares tão distintos como num festival como o Monsters e no Black Jack?
A diferença é a estrutura, mas o espírito é o mesmo. No Black, o cara tá vendo você tocar a meio metro, no Monsters o cara vê você tocar num puta palco com uma produção de prima, mas o show é o mesmo, passamos a mesma energia. E só ouvir o primeiro acorde, pode ser pra dez mil ou cem loucos, a adrenalina vem à flor da pele, aí o bicho pega.
Quanto tempo o Korzus está com esta formação? É a mais longa que vocês tiveram?
O Rodrigo está com a gente desde 97 e o Heros entrou em 98 pra cobrir uns shows no meu lugar e acabou ficando. Parece ser a mais longa. O Betão e o Nicastro também ficaram bastante tempo, gravamos dois discos com eles, o Pay for your Lies e o Mass Illusion.
Quais as expectativas desse novo álbum?
Acredito que esse é o nosso melhor trabalho. Ties of Bloodestá mais agressivo, tem a essência do passado, com certeza vai fazer parte da lista dos melhores CD’s de muitos headbangers.
Algum convidado vai participar do disco?
Sim. Já teve a participação de três convidados... falta mais um...Vou falar apenas um por enquanto, o resto a gente vai divulgar mais tarde, porque se ficam sabendo tudo antes do lançamento do disco não tem mais graça... Teve gente que participou e que já está do outro lado do mundo. Um dos convidados foi o Boca do Ratos de Porão... ele fez a bateria de uma música, que ficou nervosa.
Onde esta sendo gravado? Vai ser lançado por alguma gravadora?
Está sendo gravado no estúdio do Pompeu e do Heros, o Mister Som. Quanto à gravadora, estamos negociando com algumas.
Vocês pretendem fazer a maior turnê em território brasileiro, fale mais a respeito.
A expectativa deste trabalho novo é a mais forte da banda, a distribuição e a divulgação serão melhores e com isso esperamos uma repercussão maior, a produção vai ser bem maior.
Quais bandas você tem ouvido ultimamente?
Nas últimas semanas estou ouvindo Slayer novo, Meshuggah, Ratos de Porão novo, Soulfly, Pantera, ouço todo tipo de metal, mas vai muito de estado de espírito, não ouço clássico e toco metal. Tenho CD’s de metal, punk, hardcore, death, muitos vinis de thrash, Judas, Iron, Sabbath, Rush, ouço muitas bandas novas pela internet, mp3 que são legais para caralho, tem muito lixo também, só não ouço muito som melódico. Gosto de Iron, mas para mim Iron não e melódico, é metal.
O Iron e a banda que você mais gosta?
A banda que eu mais gosto é sacanagem... a banda que eu mais gosto é o Korzus (rs). Eu também ouço meu som, é da hora.
Considerações finais.
Agradeço a todos da Rocker Magazine, pelo apoio e espaço cedido ao Korzus e a todas bandas do underground. A todos loucos, doentes, metalmaníacos que nos acompanham todos estes anos. Estamos juntos há 18 anos, e a maior força do Korzus é a união e o respeito. Nunca seguimos modismo ou mudamos o estilo, continuamos os mesmos caras, fazendo o que gostamos e o que vocês gostam: metal irado, sem palhaçada.
* por Estella Maris Onody de Souza
O Korzus é um dos mais tradicionais e importantes grupos de rock em atividade no Brasil. Tudo começou em 1985 com a participação da coletânea “SP Metal II”. Gravaram duas músicas, e a faixa Guerreiros do Metal tornou-se um hino entre os headbangers. Em 1986 o Korzus lançou o álbum Korzus ao Vivo. Em 1987 aconteceram as primeiras mudanças na formação saem Toperman(g) e Brian(d) e o baterista Zema Paes entra na banda. No mesmo ano, o Korzus lança seu primeiro LP, Sonho Maníaco. Nesta época, as letras seguiam a temática "black metal". No segundo semestre, após uma série de shows pelo Brasil, o baterista Zema comete suicídio.
A partir de 1988 com nova formação, as letras passaram a ser compostas em inglês. Vieram os álbuns Pay For Your Lies de 1989 e Mass Illusion de 1991, foi considerado o melhor trabalho do grupo, resultando na primeira turnê européia do Korzus. Novas mudanças na formação e em 1995, o Korzus grava K.Z.S.. Em agosto de 1996 a banda é convidada a participar do comercial dos biscoitos Bauducco com a música Internally. Em Dezembro do mesmo ano começa a primeira tour pelos EUA. Já com Rodrigo Oliveira na bateria e Heros Trench na guitarra (ao lado dos incansáveis Pompeu, Silvio e Dick) a banda tocou na edição de 1998 do Philips Monsters of Rock. O resultado foi o Live at Monsters of Rock, lançado em 2000.
Atualmente o Korzus se encontra em estúdio gravando Ties of Blood, que segundo o baixista Dick Siebert, é o melhor trabalho da banda. É com Dick que conversamos sobre o passado e sobre as expectativas do novo álbum.
Diz a lenda, que, com apenas três meses de banda o Korzus participou da coletânea SP Metal II. Como foi?
Na verdade ensaiamos uns cinco meses, montamos a banda para tocar num festival no Cereti. Ia ter um monte de bandas da Baratos Afins, isso foi no dia 1° de dezembro de 1984, na época tinha o Centúrias, o Vírus e umas outras bandas que já haviam gravado em vinil. Nós fomos a primeira banda que chegou fazendo um som mais rápido, naquele tempo o pessoal era mais heavy, só o Cérbero tocava uns covers do Metallica e do Anthrax e a gente chegou tocando Guerreiros do Metal e Príncipe da Escuridão no maior gás. Tínhamos apenas cinco músicas e tocávamos Evil do Slayer. Fizemos um puta show, colocamos um pano de fundo no palco, que era quase uma camiseta, soltamos fumaça... Usamos um visual cheio de pregos, pulseira, aquele negócio, e a rapaziada passou mal, pirou. Quanto ao SP Metal II, eu estava no Parque do Carmo, num show de lançamento do SP Metal I, aí o Luiz Calanca da Baratos Afins me chamou e fez o convite. Só tínhamos feito dois shows até então, o segundo foi abrindo para o Harpia, que já era uma banda maior, era como se fosse o Judas para a molecada da época.
A partir do Pay for Your Lies vocês passaram a cantar em inglês, a temática das letras também mudou...
No começo a gente seguia uma linha power, black metal... as letras não eram ligadas a “demôniozinhos”, a gente não falava que o demônio era legal ou idolatrava. Apenas colocávamos a realidade da época através de metáforas, o Pompeu escrevia assim, ele via as merdas e colocava que a merda era o diabo, o anjo do mal,coisas do gênero..... Começamos a cantar em Inglês no Pay for Your Lies, as letras vão mudando com o tempo, de acordo com a composição, a realidade da época, o que você está sentindo naquele momento, mas a temática continua com a essência da revolução, do ódio e da verdade.
Você acha que de alguma maneira as letras desta fase black influenciaram no suicídio do baterista Zema? Ele escrevia também?
Não sei, eu acredito que foi um lance pessoal, a música não teve nada a ver com isso. Ele não escrevia, mas gostava de levar o negócio a sério. Ele achava que o Pompeu era o poeta do momento, mas a banda em geral entendia as letras como metáforas, a gente estava mais preocupado com a música, com a base da guitarra. Para a época a letra era legal e não era pregando “sou do mal”, ninguém dava bola para isso, era uma rapaziada como qualquer outra que ouvia som pesado... O black metal era muito forte, muitas bandas lá fora falavam destes temas e a gente curtia.
Conte como foi a turnê do Mass Illusion na Europa.
Foi legal, rolou uma parada com o empresário Salvatore Cassino ele já tinha levado o Ratos de Porão e quis levar a gente, isso foi em 92, ficamos 60 dias, tocamos em vários squats que são lugares invadidos, rodamos a Europa inteira de furgão, fomos para fazer dez shows e fizemos vinte e um, tocamos até na Sicília. Tocávamos num lugar e se o show era legal a notícia logo se espalhava, porque lá é tudo perto e tem mais espaço, por isso rolou mais shows que o programado. Vendemos mais merchandise que o esperado. Tivemos outra visão do mercado e contato com bandas de outros estilos, como o Agnostic Front, com quem tocamos na Alemanha dois shows, somos amigos até hoje. Tocamos no Marquee Club na Inglaterra,e fizemos uma jam com o Sepultura no dia seguinte.
Vocês já tocaram na Europa, nos EUA e aqui no Brasil. Qual a diferença do público?
Aqui nosso público e bem maior com certeza, aqui o público é quente, rola o negócio do sangue latino, mas de uma maneira geral a atitude do público é igual. Cada canto tem seu estilo, tem o seu detalhe, mas metal é metal, igual em todo lugar do mundo. Quem gosta de som pesado tem uma ligação. Louco é louco em qualquer lugar.
E como foi a experiência de fazer o comercial da Bauducco?
Contactaram a gente através da MTV, que nos indicou, fomos fazer o teste, tinha uns caras fantasiados de metal, comédia... pediram para fazer uma performace de show, só que o som era um “roquezinho” de merda, nem dava... mostramos nosso som, aí as coisas mudaram... ia rolar nossa música no comercial, achamos a proposta interessante, acreditávamos que seria uma forma de empurrar o metal para mídia. Hoje em dia não ligamos para isso, sabemos que o publico de metal não está preocupado com isso. Mas o comercial foi um acontecimento, foi legal e engraçado.
Como foi participar do Monsters of Rock? Como foi feito esse convite?
Rolou um abaixo assinado pedindo Korzus e o Dorsal Atlântica, não sei se isso ajudou, mas já era hora de tocarmos num festival grande, fomos atrás e fizemos contato com a produção do Monsters. Foi legal, o público chegou no solzão do meio dia para ver a gente e o Dorsal e tocamos com o Slayer... tocamos num festival de metal, metal, com Slayer, Saxon, Megadeth ...foi uma honra.
Foi o maior público de vocês?
Nosso maior público foi no impeachment do Collor. Tocamos para umas 100 mil pessoas no Vale do Anhangabaú, mas não era um público metal, eles não foram para ver o Korzus. Convidaram a gente, e um monte de banda, o Golpe de Estado entre outras...foi muito rápida a parada. Ligaram a tarde pra gente, fechamos o show, passou três horas já estávamos indo pro show, tocamos meia dúzia de músicas e tchau. O Monsters foi sim o maior público de metal.
A banda é famosa por sua energia no palco, qual é o estímulo para tocar em lugares tão distintos como num festival como o Monsters e no Black Jack?
A diferença é a estrutura, mas o espírito é o mesmo. No Black, o cara tá vendo você tocar a meio metro, no Monsters o cara vê você tocar num puta palco com uma produção de prima, mas o show é o mesmo, passamos a mesma energia. E só ouvir o primeiro acorde, pode ser pra dez mil ou cem loucos, a adrenalina vem à flor da pele, aí o bicho pega.
Quanto tempo o Korzus está com esta formação? É a mais longa que vocês tiveram?
O Rodrigo está com a gente desde 97 e o Heros entrou em 98 pra cobrir uns shows no meu lugar e acabou ficando. Parece ser a mais longa. O Betão e o Nicastro também ficaram bastante tempo, gravamos dois discos com eles, o Pay for your Lies e o Mass Illusion.
Quais as expectativas desse novo álbum?
Acredito que esse é o nosso melhor trabalho. Ties of Bloodestá mais agressivo, tem a essência do passado, com certeza vai fazer parte da lista dos melhores CD’s de muitos headbangers.
Algum convidado vai participar do disco?
Sim. Já teve a participação de três convidados... falta mais um...Vou falar apenas um por enquanto, o resto a gente vai divulgar mais tarde, porque se ficam sabendo tudo antes do lançamento do disco não tem mais graça... Teve gente que participou e que já está do outro lado do mundo. Um dos convidados foi o Boca do Ratos de Porão... ele fez a bateria de uma música, que ficou nervosa.
Onde esta sendo gravado? Vai ser lançado por alguma gravadora?
Está sendo gravado no estúdio do Pompeu e do Heros, o Mister Som. Quanto à gravadora, estamos negociando com algumas.
Vocês pretendem fazer a maior turnê em território brasileiro, fale mais a respeito.
A expectativa deste trabalho novo é a mais forte da banda, a distribuição e a divulgação serão melhores e com isso esperamos uma repercussão maior, a produção vai ser bem maior.
Quais bandas você tem ouvido ultimamente?
Nas últimas semanas estou ouvindo Slayer novo, Meshuggah, Ratos de Porão novo, Soulfly, Pantera, ouço todo tipo de metal, mas vai muito de estado de espírito, não ouço clássico e toco metal. Tenho CD’s de metal, punk, hardcore, death, muitos vinis de thrash, Judas, Iron, Sabbath, Rush, ouço muitas bandas novas pela internet, mp3 que são legais para caralho, tem muito lixo também, só não ouço muito som melódico. Gosto de Iron, mas para mim Iron não e melódico, é metal.
O Iron e a banda que você mais gosta?
A banda que eu mais gosto é sacanagem... a banda que eu mais gosto é o Korzus (rs). Eu também ouço meu som, é da hora.
Considerações finais.
Agradeço a todos da Rocker Magazine, pelo apoio e espaço cedido ao Korzus e a todas bandas do underground. A todos loucos, doentes, metalmaníacos que nos acompanham todos estes anos. Estamos juntos há 18 anos, e a maior força do Korzus é a união e o respeito. Nunca seguimos modismo ou mudamos o estilo, continuamos os mesmos caras, fazendo o que gostamos e o que vocês gostam: metal irado, sem palhaçada.
* por Estella Maris Onody de Souza
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