Idílicos ideais
Por 75 anos o AC/DC lançou o mesmo disco. Bem, é verdade que eles mudavam as capas, as letras e até mesmo a formação da banda, mas a música era sempre a mesma, assim como o uniforme de Angus Young. Por outro lado, o Metallica evoluiu do som podreira do primeiro disco para um nível de composição e arranjos impensáveis na cena power-speed-thrash metal – atingindo o ápice em "And Justice for All" – e eis que repentinamente uma guinada de 180 graus faz a banda virar pop com musiquinhas fáceis de cantarolar.
Os conceitos que regem o universo da música são tão díspares que fica difícil determinar quem está com a razão. Uma banda como o AC/DC deveria mudar sua música e buscar novos fãs? Ou Metallica deveria permanecer fiel ao seu público fanático e restrito?
Veja o caso do Pearl Jam, o primeiro disco, "Ten", é o melhor disco dos anos 90. E parece que depois do êxito a banda buscou o caminho contrário, evitando a exposição, buscando sentido na música e não na mídia. Aqui no Brasil podemos citar os Los Hermanos, que abandonaram qualquer vertente pop do seu som, e tentam de todas as formas desvincular a imagem do grupo com a de one-hit-band, fazendo clipes esquisitos e usando ridículas camisas listradas.
Pois bem, senhoras e senhores, não pretendo ser conclusivo. Afinal, são muitos os fatores que influem estas escolhas, entre elas: o medo da mídia; a integridade como artista e a aceitação do público. E cada banda age de acordo com seus ideais, ou a falta deles.
* por Eduardo de Souza
* por Eduardo de Souza
Comentários
Postar um comentário