O CAOS AFINADO DA ZONA OESTE
Villas (Tuneful Chaos)
O Tuneful Chaos foi formado em 2001, em São Paulo, mais precisamente no bairro da Freguesia do Ó (zona oeste da cidade). O som da banda é Hardcore e a formação atual conta com: Bill (guitarra), Douglas (voz), Henrique (guitarra), Juka (bateria) e Villas (baixo). Recentemente a banda lançou o CD "Colecionando Regras", pela F-Records. Confira a entrevista.
Como vocês se conheceram e resolveram montar a banda?
A maior parte dos integrantes se conhece desde criança. A gente mora em ruas vizinhas e andávamos de skate juntos (uns mais que os outros... hehe) e ficamos amigos. Tudo rolou naturalmente. Um evento puxava o outro.
O nome Tuneful Chaos foi inspirado em um CD do grupo norte americano Foo Fighters. Vocês haviam pensado em batizar a banda com outros nomes antes deste? Por que este nome?
Esse nome era a segunda opção para "The Texas Chain-Saw Massacre" um filme thrash que todos gostávamos, mas o Bill era o mais apaixonado... E Tuneful Chaos porquê todos gostamos de Foo Fighters, mas o Bill é o muito mais apaixonado hehe... Na verdade o nome, traduzido, é perfeito para o que gostamos de fazer: "Caos Afinado".
Vocês começaram a tocar hardcore logo de cara ou faziam outros estilos até chegarem à conclusão que preferiam este tipo de som?
A gente não escolhe fazer hardcore. São as pessoas que ouvem hardcore. Nossas maiores referências são as menos convencionais possíveis. As pessoas só vêem hardcore ultimamente, ou "emo", seja lá o que isso for. O nosso som sempre foi o que gostávamos e conseguíamos fazer.
Todos participam das composições? Qual é o processo? Primeiro a música ou letra?
Na maioria das vezes não. Mas ultimamente todos estão participando mais. Normalmente alguém tem uma música pronta e faz uma letra ou a "encomenda" pro Douglas, mas sempre duas coisas separadas. As mais novas acabaram saindo mais quebradas, porque mexemos no arranjo todos juntos.
Qual mensagem querem passar para as pessoas que ouvem suas músicas?
Instrumentalmente tentamos tocar um mix de tudo, uma coisa mais entrosada, mas as letras são meio complicadas. É muito pessoal. Quem escreveu, viveu ou criou aquilo. Não pode ser visto como uma "mensagem da banda". É meio que um "depoimento".
Quais são as principais influências da banda?
A gente tenta ouvir de tudo e filtra o que gosta mais pra desenvolver o nosso próprio som. É uma soma de tudo o que ouvimos e gostamos. Vai de Garage, Againe, QOTSA, Foo Fighters e outras milhares. Cada um tem e gosta de um estilo diferente. Rock clássico, metal, hc old school, melódico, entre outros. Quanto mais, melhor.
O CD de estréia se chama "Colecionando Regras". Por que o batizaram com este nome?
Muitas viagens. A gente pirou algumas vezes e bolamos a teoria de que tudo o que fizemos foi forçado, com pelo menos 90% das pessoas indo contra. Só sobrou quem faz parte hoje. O consenso foi de essas "regras" que quebramos eram conquistas nossas, pois a gente "coleciona" durante as diferentes épocas da banda até hoje. Saiu "Colecionando Regras". O nome do primeiro disco é uma coisa importante pra nós, vale toda essa viagem.
Por que resolveram cantar em português e qual o motivo de fazerem tudo certinho, sem ousar algo que pudesse caracterizar e diferenciar a musicalidade da banda de tantas que já existem no estilo?
Essa pergunta é estranha. As pessoas são diferentes só pelo fato de serem pessoas. Bandas devem ser assim também. X é X, que é diferente de Y. Acaba que cada uma tem seu jeito de tocar o mesmo "rock". A gente não quer fazer um som diferente. A gente quer fazer o som do Tuneful Chaos.
Cantando em português, vocês não acham que isso dificultará a conquista de espaço fora do país um dia?
Talvez. Mas essa pretensão nunca passou pela nossa cabeça. A gente tem que tocar pra muita gente ainda.
Conta pra gente como foi a batalha pra conseguir este CD e também se ficaram satisfeitos com os resultados finais.
Foi bem longo. A banda aconteceu por acidente, mas o CD não. Desde o primeiro dia a idéia era montar uma banda e fazer carreira. Aí, juntamos uma grana e pedimos um pouco emprestado para gravarmos a demo. Quando achamos uma qualidade como a do Estúdio Rocha trabalhamos nisso. Só que três anos depois, as primeiras músicas ficaram muito antigas, ultrapassadas. Fizemos novas músicas e juntamos tudo. Tava na hora de mostrar pra alguém. Estamos correndo atrás todos os dias pra devolver a grana (risos). O resultado ficou o que esperávamos sim, pois trabalhamos pra isso. Só lançamos quando tivemos certeza que estávamos com a pessoa certa, no estúdio certo, e cientes do que queríamos. O único defeito desse disco nesse aspecto é que a banda evoluiu muito durante o processo, então tem música lá que não é o que a banda faz hoje.
Qual foi a maior loucura que já fizeram pela banda?
Além de brigas? Dentro e fora? (risos) A banda sempre foi uma loucura. Nenhum pai gosta de ter filho roqueiro, seja "Old School" ou "99". Já começa por aí... Mas o primeiro CD, com material "juntado" de três anos deve ter sido a mais louca de todas.
Quais são os planos para o futuro?
A gente pensa muito no futuro como próximo passo. Fica menos bucólico. Talvez vender nossos discos e aí depois lançar um segundo. Conquistar respeito das pessoas e ter nossas próprias datas durante a "temporada". O negócio é sempre ir em frente, crescente. Vamos ver se conseguimos ter 50 anos juntos. As melhores bandas já existiam quando nascemos... As bandas que o Fran (F-Records) gosta (risos)
Valeu pela entrevista e sucesso pra vocês. Aproveitem pra deixar uma mensagem aos leitores do site.
Valeu pela entrevista! Foi a primeira e, a primeira a gente nunca esquece (risos). Aquele velho bordão de correr atrás do que é seu, do que você quer é verdadeiro. Trampo sério, correria, isso dá resultado e dura. Quem não corre atrás nunca vai conseguir nada. A gente está tentando aprender isso. E claro, muito rock!
* por Gisele Santos
O Tuneful Chaos foi formado em 2001, em São Paulo, mais precisamente no bairro da Freguesia do Ó (zona oeste da cidade). O som da banda é Hardcore e a formação atual conta com: Bill (guitarra), Douglas (voz), Henrique (guitarra), Juka (bateria) e Villas (baixo). Recentemente a banda lançou o CD "Colecionando Regras", pela F-Records. Confira a entrevista.
Como vocês se conheceram e resolveram montar a banda?
A maior parte dos integrantes se conhece desde criança. A gente mora em ruas vizinhas e andávamos de skate juntos (uns mais que os outros... hehe) e ficamos amigos. Tudo rolou naturalmente. Um evento puxava o outro.
O nome Tuneful Chaos foi inspirado em um CD do grupo norte americano Foo Fighters. Vocês haviam pensado em batizar a banda com outros nomes antes deste? Por que este nome?
Esse nome era a segunda opção para "The Texas Chain-Saw Massacre" um filme thrash que todos gostávamos, mas o Bill era o mais apaixonado... E Tuneful Chaos porquê todos gostamos de Foo Fighters, mas o Bill é o muito mais apaixonado hehe... Na verdade o nome, traduzido, é perfeito para o que gostamos de fazer: "Caos Afinado".
Vocês começaram a tocar hardcore logo de cara ou faziam outros estilos até chegarem à conclusão que preferiam este tipo de som?
A gente não escolhe fazer hardcore. São as pessoas que ouvem hardcore. Nossas maiores referências são as menos convencionais possíveis. As pessoas só vêem hardcore ultimamente, ou "emo", seja lá o que isso for. O nosso som sempre foi o que gostávamos e conseguíamos fazer.
Todos participam das composições? Qual é o processo? Primeiro a música ou letra?
Na maioria das vezes não. Mas ultimamente todos estão participando mais. Normalmente alguém tem uma música pronta e faz uma letra ou a "encomenda" pro Douglas, mas sempre duas coisas separadas. As mais novas acabaram saindo mais quebradas, porque mexemos no arranjo todos juntos.
Qual mensagem querem passar para as pessoas que ouvem suas músicas?
Instrumentalmente tentamos tocar um mix de tudo, uma coisa mais entrosada, mas as letras são meio complicadas. É muito pessoal. Quem escreveu, viveu ou criou aquilo. Não pode ser visto como uma "mensagem da banda". É meio que um "depoimento".
Quais são as principais influências da banda?
A gente tenta ouvir de tudo e filtra o que gosta mais pra desenvolver o nosso próprio som. É uma soma de tudo o que ouvimos e gostamos. Vai de Garage, Againe, QOTSA, Foo Fighters e outras milhares. Cada um tem e gosta de um estilo diferente. Rock clássico, metal, hc old school, melódico, entre outros. Quanto mais, melhor.
O CD de estréia se chama "Colecionando Regras". Por que o batizaram com este nome?
Muitas viagens. A gente pirou algumas vezes e bolamos a teoria de que tudo o que fizemos foi forçado, com pelo menos 90% das pessoas indo contra. Só sobrou quem faz parte hoje. O consenso foi de essas "regras" que quebramos eram conquistas nossas, pois a gente "coleciona" durante as diferentes épocas da banda até hoje. Saiu "Colecionando Regras". O nome do primeiro disco é uma coisa importante pra nós, vale toda essa viagem.
Por que resolveram cantar em português e qual o motivo de fazerem tudo certinho, sem ousar algo que pudesse caracterizar e diferenciar a musicalidade da banda de tantas que já existem no estilo?
Essa pergunta é estranha. As pessoas são diferentes só pelo fato de serem pessoas. Bandas devem ser assim também. X é X, que é diferente de Y. Acaba que cada uma tem seu jeito de tocar o mesmo "rock". A gente não quer fazer um som diferente. A gente quer fazer o som do Tuneful Chaos.
Cantando em português, vocês não acham que isso dificultará a conquista de espaço fora do país um dia?
Talvez. Mas essa pretensão nunca passou pela nossa cabeça. A gente tem que tocar pra muita gente ainda.
Conta pra gente como foi a batalha pra conseguir este CD e também se ficaram satisfeitos com os resultados finais.
Foi bem longo. A banda aconteceu por acidente, mas o CD não. Desde o primeiro dia a idéia era montar uma banda e fazer carreira. Aí, juntamos uma grana e pedimos um pouco emprestado para gravarmos a demo. Quando achamos uma qualidade como a do Estúdio Rocha trabalhamos nisso. Só que três anos depois, as primeiras músicas ficaram muito antigas, ultrapassadas. Fizemos novas músicas e juntamos tudo. Tava na hora de mostrar pra alguém. Estamos correndo atrás todos os dias pra devolver a grana (risos). O resultado ficou o que esperávamos sim, pois trabalhamos pra isso. Só lançamos quando tivemos certeza que estávamos com a pessoa certa, no estúdio certo, e cientes do que queríamos. O único defeito desse disco nesse aspecto é que a banda evoluiu muito durante o processo, então tem música lá que não é o que a banda faz hoje.
Qual foi a maior loucura que já fizeram pela banda?
Além de brigas? Dentro e fora? (risos) A banda sempre foi uma loucura. Nenhum pai gosta de ter filho roqueiro, seja "Old School" ou "99". Já começa por aí... Mas o primeiro CD, com material "juntado" de três anos deve ter sido a mais louca de todas.
Quais são os planos para o futuro?
A gente pensa muito no futuro como próximo passo. Fica menos bucólico. Talvez vender nossos discos e aí depois lançar um segundo. Conquistar respeito das pessoas e ter nossas próprias datas durante a "temporada". O negócio é sempre ir em frente, crescente. Vamos ver se conseguimos ter 50 anos juntos. As melhores bandas já existiam quando nascemos... As bandas que o Fran (F-Records) gosta (risos)
Valeu pela entrevista e sucesso pra vocês. Aproveitem pra deixar uma mensagem aos leitores do site.
Valeu pela entrevista! Foi a primeira e, a primeira a gente nunca esquece (risos). Aquele velho bordão de correr atrás do que é seu, do que você quer é verdadeiro. Trampo sério, correria, isso dá resultado e dura. Quem não corre atrás nunca vai conseguir nada. A gente está tentando aprender isso. E claro, muito rock!
* por Gisele Santos
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