Esse senhor, o Rock n' Roll
É impressionante como a cada década, através do rock, é possível observar o desenvolvimento do comportamento humano. Nos anos 50, cujo ícone era Elvis Presley, o rock era pura rebeldia e diversão. Nos anos 60 com os Beatles, o rock atingiu a maturidade artística, política, intelectual e espiritual. Nos anos 70 "a viagem" do Pink Floyd era sinônimo de rock: experimento e o vislumbre tecnológico na busca de um espetáculo de qualidade. Nos anos 80 os irlandeses do U2, herdeiros do pós-punk, mostraram vontade e atitude política. Nos anos 90 a alienação do Nirvana foi o ícone da década, representante do que alguns estudiosos chamam de geração I...
Nos meandros do tempo não há como tecer o exato momento em que uma geração se encontra e sobrepõe a próxima, pois não há transformação abrupta, cada tempo a cada nova descoberta um degradê de fatos leva ao próximo ato, porém é difícil negar o hiato que surge de um ícone à outro, e, ao mesmo tempo, o contrário: o Nirvana tem mais a ver com Elvis, do que com seu antecessor direto, o U2; por sua vez, o U2, tem mais a ver com os Beatles do que com o Pink Floyd. Engraçado pensar que o Pink Floyd tem tudo a ver com Beatles, mas nada a ver com Elvis, já os Beatles tem a ver com Elvis e também tem a ver com Pink Floyd.
E assim é contada a história, através dos seus mitos e heróis. Basta às testemunhas filtrar o que é exatamente a verdade, ou convencer-se de que foi assim. O que dirão sobre o rock dos anos 2000? Quem poderia ser o ícone representante da década? Nesta época em que o conhecimento é compartilhado através de sites virtuais e blogs, em que é possível fazer amigos e contatos virtuais, eu bem que poderia apostar minhas fichas no Gorillaz, uma banda virtual.
* por Eduardo de Souza
* por Eduardo de Souza
Comentários
Postar um comentário